TSE: número de jovens de 16 e 17 anos com título sobe 58,7% em 3 meses

No Brasil, o voto é facultativo para os adolescentes de 16 e 17 anos, mas o interesse do jovem brasileiro pela política tem crescido nos últimos meses. Ao menos é o que mostram os números de alistamentos eleitorais realizados nos três primeiros meses do ano em todo o país.

Somente entre janeiro e março, o Brasil ganhou 421 mil novos eleitores entre 16 e 17 anos devidamente habilitados para votar. Em dezembro de 2021, 630 mil adolescentes nessa faixa tinham o título. Em março, o número aumentou para 1,051 milhão – crescimento de 58,7%, que ainda pode aumentar.

Em 2022, o cadastro eleitoral seguirá aberto até o próximo dia 4 de maio, data-limite para a solicitação do título, para transferência do domicílio eleitoral e regularização de eventuais pendências com a Justiça Eleitoral.

O plot twist no comportamento do jovem eleitor ocorreu após campanhas de conscientização e incentivo ao eleitorado como um todo, em especial aos jovens, por meio da mídia e nas escolas. Além disso, publicações espontâneas de influenciadores e artistas, como a cantora Anitta, têm impulsionado a mudança de comportamento.

A campanha dos artistas começou após o TSE identificar o menor nível de participação de adolescentes no processo eleitoral das últimas três décadas, nas eleições municipais de 2020.

Com um cenário político polarizado e discursos políticos acirrados, o jovem poderá ser o diferencial nas urnas em outubro de 2022.

“Esse cenário tende a incentivar os jovens a terem um maior engajamento, e, por consequência, participarem mais ativamente do processo eleitoral. Para tanto, é necessário ter o título de eleitor. A população tem se conscientizado cada vez mais sobre isso”, avalia o analista do TSE Diogo Cruvinel.

Com informações Metrópoles.

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