O Rio Grande Norte viveu, nesta sexta-feira (29), o dia mais violento desde o início do aquartelamento de policiais militares, iniciado há 12 dias. Segundo o Itep (Instituto Técnico-Científico de Perícia), 15 corpos deram entrada no departamento de medicina legal do órgão vítimas de disparos de arma de fogo. Desses, 12 mortes foram na própria sexta-feira e duas no dia anterior. Até então, o dia 24 tinha sido o recordista em mortes, com 11 casos.
Apenas até as 9h deste sábado (30), deram entradas outros cinco corpos vítimas de arma de fogo. Desde ontem, o instituto tem recebido uma média de um corpo para perícia a cada uma hora e meia.
De todos os registros de assassinatos nas últimas horas, quatro casos envolveram vítimas adolescentes, sendo duas delas de apenas 15 anos.
O número de roubos, furtos e arrombamentos dessa sexta-feira ainda não foi informado pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social.
O Rio Grande do Norte vive uma crise de segurança pública. Os policiais militares entraram no 12º dia de aquartelamento para reivindicar melhores condições de trabalho e pagamento de salários atrasados. Desde lá, o Estado tem vivido um rotina de assaltos, mortes e arrastões.
De acordo com o ministro, o Exército ficará no Estado por ao menos por 15 dias. Nessa sexta-feira chegaram ao Rio Grande do Norte os primeiros 500 homens das Forças Armadas, que já começaram a fazer a segurança nas ruas da principais cidades. Está prevista para este sábado e domingo a chegada de mais 1.500 homens.
Também nessa sexta-feira, o governador Robinson Faria assinou o decreto que transfere o transfere o controle operacional dos órgãos de segurança pública para o General de Brigada Ridauto Lúcio Fernandes. A medida é obrigatória para que o governo federal assine o decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) e autorize ida de homens das Forças Armadas.
Do UOL