
O Rio Grande do Norte começou o mês de março com 91% da população vacinada com pelo menos uma dose contra covid-19 e 79% dos potiguares imunizados com as duas doses da vacina anticovid, o que confere ao estado uma situação de controle da crise do coronavírus, segundo especialistas. A preocupação, no entanto, segue sendo a quantidade de pessoas que não completaram o esquema vacinal ou que não recebera nenhuma dose do imunizante. De acordo com o Laboratório de Inovação e Tecnologia em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN), o Estado tem 935 mil pessoas que estão com doses em atraso.
Para o coordenador do LAIS, Ricardo Valentim, o percentual demonstra a boa adesão do potiguar. “Noventa e um por cento está acima da expectativa. Isso nos confere uma segurança maior, um controle maior da pandemia. O que o Estado precisar focar agora é acelerar a vacinação com a D2. É preciso colocar como meta chegar a 85% da população com as duas doses. Esse é o índice de países que têm controlado a pandemia. O Estado deve também focar em atingir 50% da população com a D3 agora em março. São índices importantes para que a gente chegue em abril, maio, sem problema de repiques de novos casos”, explica.
Somando os atrasados da segunda dose (D2) e da dose de reforço (D3), o Estado registra quase um milhão de pessoas que não voltaram para colocar a imunização contra a covid em dia. Dados do LAIS mostram que 201 mil potiguares não voltaram aos postos de imunização para receber a D2, enquanto que 734 mil estão com a D3 atrasada. O grupo de 18 a 29 anos é o que mais está com a D2 em atraso, com 60 mil pessoas. Já em relação a D3, o grupo mais atrasado é o da faixa etária entre 40 a 49 anos, com 184 mil potiguares.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) reforça o alerta. “Cada vez mais a campanha de imunização avança e é importante ir alcançando esses patamares de imunização. Porém, não podemos perder de vista a necessidade de tomar a segunda dose. A vacinação é uma estratégia de proteção coletiva, precisa que todos façam sua parte”, ressalta o secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia.