“Recurso público não é para isso”, diz Agripino sobre salário de Bolsonaro pago pelo PL

O ex-senador e ex-governador José Agripino Maia, presidente do União Brasil no Rio Grande do Norte, disse que discorda da atitude do PL de pagar um salário ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. As declarações foram dadas nesta segunda (17), em entrevista ao Falei Podcast, da jornalista Thaisa Galvão.

O ex-senador discordou da prática PL, e disse que, como presidente de um partido político, não pagaria em hipótese alguma um salário a um presidente de honra.

“Por hipótese alguma, chance zero. Não é papel do partido político. Pergunta se eu tenho uma remuneração no meu partido, ou se eu pago alguém. Pago uma verbinha pequena aos que tomam conta do partido. O fundo partidário não foi criado para isso”, declarou Agripino.

Atualmente, o ex-presidente Jair Bolsonaro recebe uma aposentadoria parlamentar mensal de mais de R$ 30 mil, uma aposentadoria mensal de R$ 11.945,49 brutos do Exército por ser capitão reformado e um salário de R$ 41,6 mil como presidente de honra do Partido Liberal (PL). O valor é o mesmo pago pelo partido é o mesmo pago a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pedido de suspensão

O procurador Lucas Furtado, do Ministério Público (MP), e o Tribunal de Contas da União (TCU), enviaram ao PL, na semana passada, um pedido de suspensão da remuneração paga pelo partido, afirmando que “pagar um salário a um político inelegivel é uma violação direta e mortal do princípio da moralidade administrativa”.

Furtado pede ao TCU que, na função de tribunal de controle externo:

  • apure irregularidades em remuneração concedida pelo Partido Liberal (PL) ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro;
  • se houver o entendimento do plenário ou o relator, os pagamento sejam suspensos.