Professores ameaçam greve caso aulas sejam retomadas no RN

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) emitiu uma nota alegando posição contrária à retomada das aulas presenciais na Rede Estadual, marcada para 5 de outubro, conforme anunciado pelo secretário Getúlio Marques na quinta-feira (03). Uma greve pode acontecer caso ocorra a retomada das atividades presenciais como está previsto. As aulas presenciais estão suspensas em virtude da pandemia da covid-19. 

Para o Sindicato, a retomada nessa data colocaria em risco professores, funcionários, estudantes e pais. “A pandemia da covid-19 não acabou, embora os números de casos, mortes e ocupação de leitos aparentemente tenham diminuído. É possível, no trajeto, levar o vírus para a escola ou trazer para casa. Como se sabe, não há remédios que combatam com eficácia a doença, tampouco existem vacinas que previnam”, disse um trecho da nota.

Os trabalhadores ainda argumentaram que a maioria das escolas públicas do Rio Grande do Norte não tem condições de receber a comunidade escolar neste momento atípico. “Como praxe, há problemas estruturais, faltam materiais e até mesmo professores nos quadros e o número de funcionários é insuficiente. No entanto, o SINTE não é contra planejar a futura retomada. É necessário preparar os espaços para o pós-pandemia. Porém, isso precisa ser feito com cautela, observando a nossa realidade”, reforçou.

Retorno em 5 de outubro não é garantido

O Governo do Estado disse, em reunião virtual do Comitê Educacional, que a volta às aulas na Rede Estadual em 05 de outubro não está garantida. O SINTE/RN participou do diálogo.

De acordo com o secretário Getúlio Marques, um novo decreto será publicado no Diário Oficial nos próximos dias, renovando a suspensão das aulas até 4 de outubro. O retorno segue incerto. O Executivo disse, ainda, que só vai reabrir as escolas que passarem por uma preparação e após o Comitê Científico reavaliar a situação da pandemia no RN.

A coordenadora geral do SINTE/RN, professora Fátima Cardoso, lembra que é preciso criar um protocolo de saúde que garanta a segurança da comunidade escolar. As escolas precisam, além de dispor de máscaras, álcool em gel e garantir o distanciamento entre as pessoas, oferecer uma infraestrutura adequada e ventilação correta, entre outras coisas. Quem vai cuidar disso, segundo o Executivo, são as secretarias municipais de educação e a Secretaria Estadual de Educação.

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