Neste sábado (20), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou uma declaração conjunta em Hiroshima, no Japão, durante uma reunião de cúpula do G7. O documento, intitulado “Declaração de Ações de Hiroshima para a Segurança Alimentar Resiliente”, tem como objetivo principal garantir políticas que erradiquem a fome no mundo, promovendo o fornecimento de alimentos nutritivos, acessíveis e seguros, além de processos agrícolas resilientes, saudáveis e inclusivos .
A Presidência da República divulgou uma nota informando que os líderes presentes na cúpula reconhecem que a segurança alimentar global está ameaçada a curto prazo por diversos fatores, como a pandemia de covid-19, os preços internacionais de energia, alimentos e fertilizantes, os efeitos das mudanças climáticas e os conflitos, como a guerra na Ucrânia.
No médio prazo, os participantes concordam que é necessário preparar os países para prevenir e remediar rapidamente crises de segurança alimentar no futuro. Já a longo prazo, o objetivo é alcançar uma segurança alimentar global resiliente, garantindo nutrição para todos.
Além do Brasil, a declaração foi assinada pelos chefes de Estado e governo de outros 14 países: Japão, Austrália, Canadá, Comores, Ilhas Cook, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Coreia do Sul, Reino Unido, Estados Unidos, Vietnã e União Europeia.
Anteriormente, na noite de sexta-feira, Lula também se encontrou com o presidente da Indonésia, Joko Widodo. Durante a reunião, eles discutiram a preservação do meio ambiente e concordaram em criar um grupo internacional com a participação do Brasil, Indonésia, República Democrática do Congo e outras nações amazônicas, com o objetivo de proteger as florestas tropicais. Essas regiões são responsáveis por proteger as maiores áreas de florestas tropicais do planeta.
Widodo expressou sua concordância em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia e destacou a importância da paz mundial. O presidente indonésio afirmou que já havia discutido o problema da segurança alimentar global com os presidentes russo, Vladimir Putin, e ucraniano, Volodymyr Zelensky, uma vez que ambos os países são grandes exportadores de grãos.
Durante o encontro, Lula estimulou Widodo a visitar o Brasil e enfatizou a necessidade de aproximação entre países com grandes populações, como o Brasil e a Indonésia. O presidente indonésio demonstrou interesse em aumentar a ingestão de produtos brasileiros, principalmente proteína animal, de acordo com informações do governo brasileiro.
Agência Brasil
