Nem o PT ou Temer fizeram isso, diz Styvenson sobre ato de Bolsonaro na PF

O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) mostrou indignação com a saída do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que anunciou sua demissão nesta sexta-feira (24). “Sérgio Moro suportou muito. A carta branca prometida a ele já era marcada. Por diversas vezes subi na tribuna para falar sobre o desmonte dos mecanismos de combate à corrupção. O desmonte do COAF e as interferências nas instituições como a Receita Federal e Polícia Federal já mostravam o prenúncio desse momento”, alertou Styvenson.

Em consonância com a nota oficial publicada pelo Podemos Nacional, que repudiou o ato do Governo Federal de trocar arbitrariamente o diretor da Polícia Federal, o que culminou no pedido de demissão de Sérgio Moro, o senador Styvenson ressaltou que achou nobre a atitude do ex-Ministro e sua luta em favor do combate à corrupção.

“Eu mesmo, como policial, fui vítima de interferência política no âmbito estadual. Como teremos um eficiente combate à corrupção se tudo que conhecíamos de estrutura para fazê-lo foi desmontado no ano de 2019? Interferências nas escolhas de superintendentes da Polícia Federal e da Receita Federal por qual motivo? Nem quando o PT ou Michel Temer estavam no comando, algo desse tipo foi feito. Por que o presidente Jair Bolsonaro quer informações privilegiadas, já que muitas investigações são sigilosas e o próprio filho dele está sendo investigado? O ex-Ministro expôs o que todos os polícias no Brasil passam: interferências políticas sobre instituições. Resta saber como será daqui para frente o combate à corrupção com tantos políticos investigados por esse crime. Não entrei na política para assistir a isso. O combate à corrupção é imperativo para o povo brasileiro”, encerrou indignado o senador potiguar.