Médico é preso em hospital do RN suspeito de fraudar prova em SP

Uma operação da Polícia Civil de São Paulo em conjunto com policiais civis do Rio Grande do Norte prendeu um médico em Mossoró, na região Oeste potiguar, suspeito de participar de um esquema fraudulento em vestibulares de Medicina. Outras quatro pessoas foram presas em Natal: o mentor do grupo criminoso, que faz a ligação entre o “piloto” e “captador”, a esposa dele, e outros dois “pilotos”.

Ao todo, a Polícia Civil representou pela expedição de 22 mandados de buscas domiciliares e 12 mandados de prisão temporária, ordens essas concedidas pelo Poder Judiciário e cumpridas nas cidades de São Paulo/SP, Ribeirão Preto/SP, Natal e Mossoró/RN, Juazeiro do Norte/CE, Campina Grande/PB e Montes Claros/MG. A operação ainda está em andamento e novas atualizações serão publicadas.

Segundo informações da Polícia Civil de São Paulo, o médico preso em Mossoró chama-se Adolfo Araújo Bezerra, de 27 anos, que atua como clínico geral no município. Ele foi preso dentro do Hospital da Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer (LMECC). O profissional estava atendendo pacientes no momento da prisão.

De acordo com as investigações, ele é suspeito de estelionato, associação criminosa e falsificação de documentos públicos. No esquema, ele servia de “piloto”, ou seja, era contratado para fazer a prova no lugar de outro candidato.

A investigação mostrou que o médico potiguar viajou até a cidade paulista de Assis para fazer as provas do vestibular de Medicina no nome de outro candidato e recebia em média R$ 25 mil reais pela ação. O pagamento era feito após a garantia da vaga do candidato com a aprovação no certame.

OPERAÇÃO

A ação foi encabeçada pela Polícia Civil de Assis, no interior de São Paulo, e faz parte de uma segunda fase da Operação Asclépio, deflagrada em abril de 2019. A Polícia Civil de Assis realizou novas investigações e identificou os “pilotos” da 1ª fase, ou seja, aqueles que efetivamente realizaram as provas do vestibular de medicina da FEMA – Fundação Educacional do Município de Assis.

A investigação teve início com a denúncia da própria FEMA, que foi informada pela VUNESP, empresa responsável pelo vestibular para ingresso no curso de medicina, que as impressões digitais de 5 candidatos inscritos no vestibular apresentavam inconsistências.

Foi possível apurar que a fraude no vestibular consistiu na realização da prova por terceiros, que se identificaram como sendo os verdadeiros candidatos.

Conhecidos como “pilotos”, os suspeitos assinaram as listas de presença, as folhas de respostas, tiveram coletadas suas impressões digitais e foram gravados pelas câmeras de segurança, durante a prova.

Os investigados possuem formação em curso superior de medicina, exercendo suas funções em postos de saúde nas imediações de suas residências. As investigações apuraram que todos fazem parte de um grupo criminoso especializado em fraudar vestibulares, sempre com foco nos concorridos cursos de medicina.

Post navigation

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *