Live de Bolsonaro é retirada do Facebook após presidente alegar relação da vacina da Covid com Aids

Palácio do Planalto

O Facebook retirou do ar a live da última quinta-feira (21), em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) associou vacinas contra a Covid-19 ao desenvolvimento da Aids. Essa é a primeira vez que a rede social retira do ar uma live do presidente. O vídeo também foi retirado do Instagram.

Durante a apresentação do vídeo, Bolsonaro leu uma suposta notícia de que vacinados contra Covid estariam desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida. A comunidade médica reagiu às alegações do presidente, desmentindo suas afirmações, classificadas de fake news.

Quatro dias depois, na manhã de hoje (25), o presidente respondeu a um comentário do Facebook que o questionava sobre a relação entre a vacina e a Aids. Bolsonaro publicou uma imagem que dizia que “na última quinta-feira, o presidente Bolsonaro leu uma matéria revista Exame na sua live”.

Entretanto, a referida matéria da “Exame” foi publicada em outubro de 2020, quando as vacinas contra a Covid-19 ainda estavam sendo produzidas, e falava apenas em uma possibilidade. Já na transmissão de quinta-feira, Bolsonaro citou supostos “relatórios oficiais” do governo do Reino Unido sobre pessoas que já teriam sido vacinadas – o que foi desmentido pelo governo britânico.

De acordo com um porta-voz do Facebook, “nossas políticas não permitem alegações de que as vacinas de Covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas”.
Em nota, o Comitê de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) disse que “não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de síndrome da imunodeficiência adquirida”. Esclareceu ainda que pessoas que vivem com HIV/Aids devem ser completamente vacinadas contra a Covid-19.

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