Imprensa nacional destaca polarização no Senado; senadores alertam Rogério para desvantagem

Há uma semana da eleição da presidência do Senado, o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), soma mais votos declarados em sua tentativa de reeleição do que seu principal adversário, o potiguar Rogério Marinho (PL-RN), de acordo com o placar do Estado de S. Paulo. Uma reportagem do Estadão consultou todos os 81 senadores que irão compor a próxima legislatura, entre eleitos e reeleitos. Pacheco tem 22 votos e Marinho, 13. Eduardo Girão (Podemos-CE) também se apresenta como candidato, e, por enquanto, tem apenas o próprio voto. Há uma especulação que ele pode desistir e compor com Marinho.

O ex-ministro de Jair Bolsonaro foi alertado por aliados de que a campanha nas redes sociais contra Rodrigo Pacheco tem tido efeito contrário. Segundo o portal Antagonista, ao invés de enfraquecer o mineiro, a cobrança agressiva de correligionários de Bolsonaro pode afastar ainda mais os senadores considerados indecisos a votar em Rogério. Conforme apurou o Antagonista, pelo menos cinco senadores que eram simpáticos à candidatura de Marinho fecharam questão em favor de Pacheco, porque ficaram incomodados com a campanha agressiva e acintosa de deputados bolsonaristas eleitos. “Essa é uma eleição do Senado, não faz sentido deputado estimular assédio a integrantes de outros Poderes”, admitiu um parlamentar a ao site. A campanha bolsonarista contra Pacheco tem sido estimulada principalmente pelo deputado federal eleito Gustavo Gayer (PL-GO), investigado pelo TSE por ataques às eleições.

No Rio Grande do Norte, além do príoprio voto, Rogério conta com o colega Styverson Valetim (Podemos). A senadora Zenaide Maia (PSD) vai com Pacheco. Em Minas, o placar chama a atenção. Pacheco parte com seu voto próprio. O senador Carlos Vianna (PL) não declarou ainda, mesmo sendo do PL. Já o senador eleito Cleitinho (PSC) declarou apoio a Rogério. Assim como Zenaide no RN, Cleitinho é adversário de Pacheco em Minas.

Tropa de Choque

Na briga pela cadeira de presidente do Senado, os dois mnomes mais forte: Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Rogério Marinho (PL-RN), têm tido apoio de colegas para organizar as campanhas e pedir votos. Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) assumiu como coordenador-geral, do lado do mineiro. Também auxiliam nas articulações os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Força Tarefa

Já a campanha do potiguar, não conta com uma espécie de coordenador-geral. O próprio assumiu boa parte das articulações e tem conduzido uma extensa agenda de viagens. Porém, as articulações também diluem principalmente entre os senadores Carlos Portinho (RJ), Eduardo Gomes (TO) e Wellington Fagundes (MT), todos do PL. Outros senadores atuam no processo de coordenação como Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e a senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura.

Partidos

O PDT anunciou apoio à reeleição Pacheco. O presidente licenciado do partido, Carlos Lupi participou do ato. O PDT terá três senadores na próxima legislatura. Já o PP vem sendo articulado pelo senador Ciro Nogueira (PI) para desembarcar na campanha de Marinho. O senador Luis Carlos Heinze (PP/RS) antecipou que votará em Rogério.

Agora RN

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