As cirurgias ortopédicas eletivas no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, referência em atendimento médico no Rio Grande do Norte, foram temporariamente interrompidas devido ao não pagamento dos médicos, que não recebem os honorários desde o mês de maio deste ano.
O impacto dessa situação já é visível na entrada do hospital, com um aumento significativo no número de pacientes chegando, a maioria vítimas de traumas que provavelmente necessitarão de procedimentos cirúrgicos. A partir desta quarta-feira (6), as cirurgias ortopédicas eletivas estão suspensas devido à paralisação dos médicos vinculados a uma empresa terceirizada que presta serviços ao hospital.
O motivo principal dessa suspensão é a falta de repasses financeiros por parte do governo do Estado aos médicos, o que os deixou sem receber por seus serviços desde o mês de maio. Esta situação já havia sido destacada anteriormente, quando pacientes tiveram que ser transferidos do Hospital Walfredo Gurgel para o Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim após a abertura de 20 novos leitos em acordo com o Ministério Público.
Apesar da interrupção nos novos atendimentos cirúrgicos, os 70 profissionais de saúde que aderiram à paralisação continuarão prestando suporte aos pacientes internados e atendendo às consultas pós-operatórias nos ambulatórios do hospital.
Em nota conjunta, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e a direção do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel informaram que estão trabalhando no remanejamento dos atendimentos ortopédicos em colaboração com prestadores privados e o Hospital Deoclécio Marques. No que diz respeito ao pagamento dos médicos, foi comunicado que nesta quarta-feira foi efetuado o repasse de 50% da fatura referente ao mês de junho, que foi a última nota fiscal a concluir os trâmites dentro da secretaria para pagamento. De acordo com a Sesap, existe a possibilidade da retomada dos atendimentos ainda hoje, caso haja avanços nas negociações.
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