Hospitais do RN têm 282 pessoas internadas com Covid-19 e 28 na fila de espera

Além de atualizar os dados referentes ao novo coronavírus no Rio Grande do Norte, o secretário adjunto de Saúde, Petrônio Spinelli, informou, durante coletiva de imprensa nesta terça-feira (11), a situação dos leitos dos hospitais do estado. Existem um total de 282 pessoas internadas com a Covid-19 e 28 na fila de espera. Spinelli falou sobre a taxa de ocupação nas regiões do RN e explicou que “quando falamos de taxa de ocupação, estamos falando aquilo que põe maior risco ao colapso, que é a taxa de ocupação dos leitos críticos em hospitais que atendem exclusivamente Covid-19”. 

Em Mossoró, segundo o secretário, houve uma melhora nesse sentido, já que no Hospital São Luiz duas vagas foram desocupadas para recebimento de novos pacientes; no Tarcísio Maia, existem 15 pessoas internadas nos 17 leitos, mas três delas estão em processo de alta, o que significa que vagas de UTIs serão desocupadas em breve. Em Caicó, dos 20 leitos, 12 estão ocupados. Já em Natal, conforme disse Spinelli, a situação continua dramática, já que o Hospital Giselda Trigueiro está com uma taxa de 100% de ocupação e o Hospital da Polícia Militar com 90%. O Hospital Municipal de Natal também chegou a 100% de ocupação. 

“Esperamos que, com as aberturas de leitos previstas para esta semana, voltemos ao patamar que nos retire a angústia do colapso, pelo menos durante os próximos dias. Importante ressaltar que existe uma causa e efeito muito bem definida pela ciência – Não existe solução sem isolamento social significativo. Todo o esforço interno da Sesap será em vão se o isolamento sair ou permanecer nesse nível que nos preocupa bastante”, explicou o secretário. 

Petrônio Spinelli reforçou, ainda, sobre a logística do nível de gravidade das pessoas que precisam de internação. Conforme explicou Spinelli, os pacientes procuram as unidades de pronto-socorro, são avaliados e, se precisarem de internação, são classificados em níveis de prioridade: nível 1, para necessidade de internação imediata na UTI; nível 2 para pacientes graves que precisam de UTI; e nível 3 para pacientes que precisam de enfermaria sob risco de ter o caso agravado. Quanto à fila de espera para internação, os dados mostraram que existem um total de 28 pacientes aguardando, sendo um de prioridade 1, três de prioridade 2 e 24 de prioridade 3. 

Sobre o último nível, o secretário comentou que “é importante lembrar que a assistência desses pacientes de prioridade 3 é essencialmente de caráter de média complexidade, que é uma responsabilidade geralmente dos municípios. A informação de que o Hospital Municipal de Campanha de Natal está começando a funcionar é extremamente aliviadora e nós queremos dizer que o que for necessário a todos os municípios, nós vamos apoiar, pois isso é uma ajuda importante na porta de emergência”, ressaltou. “As pessoas estão nas UPAs, então isso significa que elas estão superlotando. E lá também há a presença de pacientes graves. Por isso, esses locais precisam estar livres para que atendam principalmente as urgências”, concluiu.