Futuro dos hospitais regionais do RN continua sem definição

Reportagem do Jornal DeFato destaca que a crise que atinge todos os setores do serviço público do Rio Grande do Norte tem reflexo ainda mais grave na saúde pública.

O setor que deveria receber maior atenção dos governantes é o que tem sido o mais esquecido e, em determinadas situações, o mais penalizado.

Dos 25 hospitais regionais existentes no RN, apenas cinco unidades oferecem serviços que conseguem minimizar a crise instalada na saúde pública do Estado.

A crise na saúde pública começou a se agravar ainda mais quando, em junho de 2017, o Governo assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público do RN (MPRN).

Com o TAC deveriam ser desativados o Hospital Regional Professor Dr. Getúlio de Oliveira Sales (Canguaretama); Hospital Regional Dr. Aguinaldo Pereira (Caraúbas), Hospital Regional (João Câmara), Hospital Regional Dr. Odilon Guedes (Acari), Hospital Regional de São Paulo do Potengi, Hospital Regional de Angicos e Hospital Regional de Apodi.

Na oportunidade o MPRN sugeriu a revisão quantitativa e qualitativa da rede de hospitais estaduais. Em seu relatório, deixa claro que há a necessidade de transformação de hospitais regionais em unidades de atenção primária.

O Governo do RN teria 60 dias para elaborar um plano de revisão do quantitativo de hospitais da rede, indicando a conversão daqueles que não apresentam condições estruturais de atendimento pleno para Unidades de Pronto-atendimento, Unidade Básica de Saúde (UBS), Sala de Estabilização ou outro formato adequado.

Na época, foram realizadas diversas mobilizações para impedir o fechamento dos hospitais. Além disso, o Governo realizou diversas entrevistas e audiências com prefeitos, afirmando que não fecharia os hospitais e que iria realizar melhorias nas unidades para melhorar o atendimento, no entanto nada foi cumprido e a situação só se agravou.

Além da superlotação das unidades que oferecem atendimento à população, faltam medicamento, material para atendimento básico e equipamentos. Muitos serviços estão deixando de ser oferecidos por falta de repasse por arte do Governo do Estado.

No início deste mês de janeiro, depois de ser transferido do Hospital Regional Dr. Aguinaldo Pereira, em Caraúbas, que não oferecia condições de atendimento, um paciente reclamava em uma maca nos corredores do Hospital Walfredo Gurgel em Natal. Ele chegou a chorar durante entrevista, pedindo para que fosse atendido.

O que não falta é relato de profissionais da saúde sobre a falta de condições de trabalho nos hospitais regionais. Mesmo assim, o Governo assiste a tudo de forma passiva.

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Veja lista dos hospitais regionais do RN:

Complexo Hospitalar Monsenhor Walfredo Gurgel/ Pronto Socorro Clóvis Sarinho – Natal

Hospital Colônia Doutor João Machado – Natal

Hospital Dr. Cleodon Carlos de Andrade – Pau dos Ferros

Hospital Dr. Deoclécio Marques de Lucena – Parnamirim

Hospital Dr. José Pedro Bezerra/Santa Catarina – Natal

Hospital Dr. Mariano Coelho – Currais Novos

Hospital Estadual Dr. Ruy Pereira dos Santos

Hospital Giselda Trigueiro – Natal

Hospital Lindolfo Gomes Vidal – Santo Antônio

Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes – Natal

Hospital Rafael Fernandes – Mossoró

Hospital Regional Alfredo Mesquita – Macaíba

Hospital Regional de Angicos

Hospital Regional de João Câmara

Hospital Regional de São Paulo do Potengi

Hospital Regional do Seridó – Caicó

Hospital Regional Dr. Aguinaldo Pereira – Caraúbas

Hospital Regional Dr. Odilon Guedes – Acari

Hospital Regional Dr. Tarcísio Maia – Mossoró

Hospital da Mulher Parteira Maria Correa – Mossoró

Hospital Regional Hélio Morais – Apodi

Hospital Regional Monsenhor Antônio Barros – São José de Mipibu

Hospital Regional Nelson Inácio dos Santos – Assú

Hospital Regional Professor Dr. Getúlio de Oliveira Sales – Canguaretama.

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