
Treze funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pediram exoneração nesta segunda-feira (8), a menos de duas semanas da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova será realizada nos dias 21 e 28 de novembro.
A demissão em massa acontece dias após o pedido de exoneração de dois coordenadores ligados à realização do exame. Em setembro, o então diretor de tecnologia responsável pela versão digital do exame também já havia pedido para sair.
De acordo com informações obtidas pelo G1, pediram demissão nesta segunda:
- Marcela Guimarães Côrtes, coordenador-geral
- Natalia Fernandes Camargo, coordenadora-geral substituta
- Nathalia Bueno Póvoa, coordenadora-geral substituta
- Vanderlei dos Reis Silva, coordenador
- Gizane Pereira da Silva, coordenadora substituta
- Hélida Maria Alves Campos Feitosa, servidor público federal
- Samuel Silva Souza, servidor público federal
- Camilla Leite Carnevale Freire, servidor público federal
- Douglas Estevão Morais de Souza, coordenador substituto
- Patricia da Silva Onório Pereira, coordenadora
- Denys Cristiano de Oliveira Machado, coordenador
- Alani Coelho de Souza Miguel, coordenadora substituta
- Leonardo Ferreira da Silva, Coordenador substituto
De acordo com o pedido de dispensa encaminhado à diretoria do órgão e assinado pelos servidores, as denúncias feitas em assembleia realizada na última quinta-feira (4) são alguns dos motivos, como suposta “falta de comando técnico”. A presidência do Inep é comandada por Danilo Dupas.
A “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep” também foi causa apontada pelos funcionários.
Críticas ao planejamento do Enem
Na assembleia da semana passada, servidores do Inep disseram ver risco à aplicação da prova do Enem 2021 pelo que ele classificam de “falta de comando técnico”.
Durante o ato realizado em frente ao prédio do instituto, em Brasília, um grupo de funcionários afirmou que a atual gestão promove um “clima de insegurança e medo”.
De acordo com os relatos dos servidores, a aplicação das provas do Enem está sendo elaborada sem a atuação das Equipes de Incidentes e Resposta (ETIR), por decisão “arbitrária e unilateral” de pessoas com cargos de chefia, ligadas à presidência do instituto.
O grupo que fez o protesto conta que os técnicos do Inep não têm sido ouvidos. A Associação dos Servidores (Assinep) disse que vai enviar um relatório de denúncias sobre os problemas para parlamentares federais.
Outras demissões
Em setembro, o então diretor de tecnologia responsável pela versão digital do exame, Daniel Miranda Pontes Rogério, pediu exoneração de seu cargo. De acordo com o Inep, a decisão partiu de Rogério, que alegou “motivos pessoais” para a demissão.
Mais recentemente, na sexta-feira (6), foi a vez de Eduardo Carvalho e Hélio Junio Rocha Morais, que ocupavam os cargos de coordenador-geral de exames para certificação e coordenador-geral de logística da aplicação, respectivamente, pedirem demissão. Procurados pelo G1, Carvalho não respondeu às tentativas de contato e Morais preferiu não comentar suas motivações.