Polícia indicia 14 detentos da facção Sindicato do RN por morte em presídio

Uma investigação da Delegacia de Homicídio da Zona Norte (DHZN) da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou 14 detentos da Penitenciária João Chaves por terem matado o preso Luiz Clebson de Araújo, conhecido por “Mossoró”, 26 anos, no dia 26 de setembro de 2016. A investigação descobriu que o grupo, formado por integrantes da facção Sindicato do RN, matou a vítima e simulou que a mesma tivesse cometido um suicídio. Na tarde do dia 26, o corpo de Luiz foi encontrado dependurado na entrada da cela 10, do Pavilhão 2. Ele havia cometido crimes como roubo e tráfico de drogas.

Foram indiciados por homicídio qualificado e associação criminosa: Adriano Machado, vulgo “Goianinha”, 30 anos; David Lopes da Silva, vulgo “Riú”, 30 anos; Wellington Fernandes de Lima, vulgo “Espanta”, 32 anos; Hegleiber Silva dos Santos, vulgo “Ceará”, 34 anos; Israel Nascimento de Oliveira, 27 anos; Moab Cristiano de Araújo Pinheiro, 31 anos; Edson Luiz de Oliveira, vulgo ” Shampoo”, 30 anos; Pedro Caetano da Silva, vulgo “Pedro Boy” ou “Coroa Pedro”, 35 anos; José Ederfran Rodrigues Pessoa, 37 anos; José Wellington Costa de Souza Junior, vulgo “Aranha”, brasileiro, 27 anos; Jubiranilson de Araújo Barbosa, vulgo “Jubi”, 28 anos; Maciel Cavalcanti Odilon, vulgo “Badibi”, 27 anos; Marcelo Moreira de Oliveira, vulgo “Marcelo Boy ou Marcelo de Cleuza”, 42 anos; Marcos dos Santos Aguiar, vulgo “Cara de Pulga Maruim”, 35 anos. A DHPP já representou à Justiça a prisão preventiva dos 13 indiciados.

De acordo com as investigações, a motivação para que Luiz Clebson fosse morto pelos integrantes do Sindicato do RN seria porque o mesmo estava montando uma falsa fuga para os presos do Sindicato do RN que estavam detidos no Pavilhão 2, com o intuito de serem executados logo após a fuga. Luiz Clebson estava arquitetando para que os detentos do Sindicato do RN fossem mortos por integrantes do Primeiro Comando da Capital.

O plano arquitetado por Luiz Clebson estava sendo combinado por celular e um dos presos do Sindicato do RN conseguiu pegar o celular da vítima e descobriu todo o plano. Após a descoberta, os presos do Sindicato do RN decidiram matar Luiz Clebson. Para elucidar o homicídio da vítima, a equipe da DHPP ouviu 46 presos que estavam detidos no Pavilhão 2.