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O comandante-geral da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Alarico Azevedo, afirmou nesta quarta-feira, 30, que não foi avisado da operação que resultou na morte de um policial militar paraibano na última terça-feira, 29.
A morte do PM, após uma troca de tiros, aconteceu durante uma investida de policias potiguares para cumprir um mandado de prisão no estado vizinho.
O caso aconteceu na zona rural de Tacima (PB), perto da divisa com o Rio Grande do Norte pelo município de Nova Cruz. O policial morto foi identificado como Edmo Tavares, de 36 anos.
“Como eu não sabia, não autorizei nem comuniquei ao comandante-geral da PM da Paraíba que haveria uma operação lá. Se eu soubesse, teria entrado em contato, como sempre faço, e a ação teria sido realizada em conjunto, como sempre deve ser”, ressaltou Alarico nesta quarta-feira, 30.
Os três policiais militares do RN envolvidos no caso – um subtenente, um sargento e um cabo – irão responder a inquéritos criminais.
Segundo a PM do RN, as armas dos três policiais militares foram apreendidas pela Polícia Civil da Paraíba. Após serem ouvidos em depoimento, eles foram liberados e já retornaram a Nova Cruz, onde são lotados.
Os três também foram afastados de suas atividades de policiamento e, enquanto durarem as investigações, devem ficar atuando apenas administrativamente.
Porta-voz da PM do RN, o tenente-coronel Eduardo Franco revelou ao Agora RN que os três policias potiguares relataram que foram à Paraíba dar cumprimento a um mandado de prisão contra um foragido da Justiça. “Eles localizaram o alvo, o abordaram e o prenderam. Porém, durante a ação, o policial paraibano, que estava em um carro próximo, teria visto os três homens armados e achou que eles eram criminosos, uma vez que eles estavam à paisana, descaracterizados”, ressaltou.
“Os três disseram ainda que o policial paraibano atirou contra o grupo. Como o policial paraibano também não estava fardado, os três PMs atiraram de volta”, acrescentou Eduardo Franco.
Ainda de acordo com o oficial, o policial paraibano ainda tentou fugir e acabou batendo o carro. “Ele ainda foi socorrido ao hospital e teve a arma apreendida. Depois foi que descobrimos que se tratava de um PM”, destacou .
Edmo era policial militar havia 10 anos e trabalhava no batalhão do município de Picuí (PB).
AGORA RN