O PhD em Meteorologia, Luiz Carlos Molion1, prevê que as chuvas no Rio Grande do Norte sejam até 15% acima da média no próximo ano. A estimativa foi feita no 2º Fórum das Águas realizado na última quinta-feira, 30, em Apodi. As informações são da assessoria de comunicação do Sebrae/RN.
O prognóstico de Molion não segue modelos climáticos, ao contrário de previsões mais usuais. “São ineficientes e cenários fictícios”, argumenta. Sua conclusão, sustenta, é embasada em cenários de similaridade, obtidos em dados pluviométrios dos últimos cem anos, que indicam semelhança com 1998 a 2001.
Naqueles anos, o Rio Grande do Norte também saiu de grave estiagem para boas chuvas. “Me arrisco a dizer que podem ser 15% acima da média em 2018 e 10% acima da média em 2019”, prevê Molion, que apresenta outras condições para subisidiar essa expectativa. Uma delas é a temperatura do Oceano Pacífico.
Segundo o pesquisador, o mar sofreu resfriamento e demorará a esquentar, o que deve provocar, em 2018, o fenômeno La Ninã, o qual favorece chuvas no semiárido brasileiro. E o progressivo – e ciclíco – distanciamento da Lua sobre a terra também contribuirá, já que influencia as correntes marinhas e atua na fomação de chuvas.