Carnaval mantém economia aquecida mesmo sem festas de rua

No segundo ano sem o tradicional carnaval de rua, a economia criativa está resistindo e deve ter um movimento maior do que em 2021, mesmo sem uma intensa movimentação nas vias públicas. Em comparação com o último carnaval multicultural realizado em Natal, cerca de R$ 100 milhões deixam de circular sem os festejos do Momo. Apesar desse impacto na economia, o setor cultural não está parado. Festas privadas estão acontecendo, com a movimentação interna, mesmo que tímida, de blocos e escolas de samba, que garantem estarem esperando a hora para levar para as ruas, em 2023, um carnaval maior do que o último realizado em 2020, se a pandemia da covid-19 cessar.

No comércio, a previsão do valor do gasto para esses quatro dias de carnaval teve um aumento de 5,05%, em relação aos dados de 2020, quando a intenção de gastos foi de R$ 520,28. A  Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio/RN) divulgou na sexta-feira (25) que o movimento das compras de carnaval em 2022 deverá ser intenso, já que 44% dos natalenses irão participar de alguma programação e têm a pretensão de gastar R$ 546,56, nos quatro dias de feriado de Carnaval.

“Não é possível estimar o volume que deixará de circular em virtude da não realização do carnaval de rua. É importante observar que, segundo a pesquisa, as pessoas devem gastar 5% a mais do que foi movimentado no evento de 2020. Neste caso, o que muda é o perfil do gasto, sendo, agora, direcionado ao segmento de Alimentos e Bebidas, ou seja, supermercados, lojas de conveniência, atacarejos, para aqueles itens que serão consumidos”, disse o presidente da entidade,  Marcelo Queiroz.

O aumento, segundo o presidente da entidade se justifica também pela inflação dos preços dos itens, no segmento de alimentos e bebidas. “Mesmo sem a promoção de festas públicas, será aproveitado. Amigos e familiares vão se reunir em almoços diferenciados, churrascos e confraternizações. Esse gasto de alimentação e bebidas já ocorreria normalmente, o que percebemos é que ele foi potencializado, em decorrência de um maior foco nessas programações, já que não teremos os eventos de rua.”, analisou o presidente da Fecomércio/RN, Marcelo Queiroz.

A Secretaria Municipal de Tributação de Natal não tem um balanço do impacto que as festas de carnaval, ou a não realização dessas, trazem para as finanças do município. Ludenilson Lopes, titular da pasta destacou que a folia carnavalesca é importante do ponto de vista financeiro porque gera renda e movimenta toda uma cadeia produtiva no período. 

Em 2019 a Prefeitura do Natal investiu cerca de R$ 6 milhões no carnaval multicultural, provocando um movimento de R$ 71 milhões, que se refletiu em renda para para muitos natalenses, atraiu a atenção de visitantes e trouxe opções de lazer para o cidadão. No ano seguinte, às vésperas da decretação da pandemia, o investimento direto do município foi de R$ 9 milhões mais R$ 4,6 milhões via Lei Djalma Maranhão de incentivo à cultura.about:blank

Tribuna do Norte.

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