A menina Brunninha está sendo velada na cidade de Serrinha, no Agreste potiguar, nesta segunda-feira (8). O velório está ocorrendo na Igreja Assembleia de Deus e o enterro está marcado para as 16h no cemitério local. Brunna Silveira Lopes, que tinha 7 anos, morreu na tarde do domingo (7), após fazer um transplante de coração no Recife.
Ela tinha uma cardiopatia grave e saiu do Rio Grande do Norte, onde morava com a família, para se submeter ao procedimento cirúrgico. Por meio de nota, a direção do Instituto de Medicina Integral Fernando Figueira (Imip), onde ela realizou o transplante, informou que Brunna morreu no fim da tarde. A unidade de saúde disse ainda que “prestou toda a assistência necessária para a criança e para a família dela”.
Brunninha foi para o Recife em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) na tarde da quarta-feira (3). O transplante ocorreu na madrugada da quinta (4). Na tarde do mesmo dia, a garota passou por uma nova cirurgia para conter um sangramento.
Segundo o médico Madson Vidal, que acompanhou a menina do RN, Brunna nasceu com um problema chamado “transposição das grandes artérias” e passou por uma cirurgia paliativa ainda quando bebê. Há 21 dias, porém, ela precisou passar por um novo procedimento para melhorar a sua oxigenação, porque seu tom de pele estava cada vez mais “roxo”. Neste novo procedimento, no entanto, o coração não suportou a circulação.
Brunninha, que era paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), sobrevivia por estar ligada a uma máquina de “oxigenação por membrana extracorpórea”, conhecida como ECMO. Ela chegou a ser retirada dos tubos, mas não teve resistência para ficar sequer oito horas longe dos aparelhos.
Repercussão
O caso de Brunninha ganhou repercussão nas redes sociais após um desabafo do médico Madson Vidal, que representa a Associação Amigos do Coração da Criança (Amico), atendendo a crianças com cardiopatias.
“Queremos que o poder público se responsabilize pela criança autorizando o transplante em Natal ou ofereça essa possibilidade em outro estado e faça o transporte em UTI aérea. O sangue dela é B- (raro), e a máquina não funciona por tempo indeterminado, e esse tempo perdido pode determinar a impossibilidade do transplante. Vamos lutar para que Brunninha tenha pelo menos a chance de tentar o transplante”, afirmou Madson, que pediu que a menina se torna-se prioridade nacional para transplante.