Após pressionarem o presidente por pagamento de 13º salário e 1/3 de férias, vereadores não comparecem à sessão que é cancelada por falta de quórum

Por falta de quórum, a sessão ordinária da Câmara Municipal de Santo Antônio desta quarta-feira (16) não foi realizada. Dos 11 vereadores que compõem o Poder Legislativo Municipal, apenas quatro estiveram presentes e compareceram ao plenário: o Presidente da Casa Gustavo Alves, Dário do Sindicato, Leandro Horácio e Professor Júnior Teixeira. Sem atingir o número mínimo de vereadores presentes no plenário para que pudesse ser aberto os trabalhos legislativos, conforme prevê o regimento interno da Casa, o presidente declarou cancelada a sessão e convocou uma nova reunião ordinária para a próxima quarta-feira, dia 23 maio.

Veja o vídeo no momento em que o presidente declara cancelada a sessão:

O detalhe é que alguns dos vereadores faltosos estiveram mais cedo participando de uma reunião na qual cobraram da presidência da Casa a inclusão em pauta na sessão de um projeto de lei que pede o pagamento de décimo terceiro salário e terço de férias.

Os vereadores Paulo Cezar, Jardel Anselmo, Maria do Livramento (Menta), Maria Lúcia Ferreira dos Santos (Lucinha) e Nélio de Araújo Oliveira (Nélio de Cornélio) estiveram reunidos na manhã de hoje, com a assessoria contábil e financeira da Câmara para discutirem uma forma de receberem do poder legislativo décimo terceiro salário e um terço de férias.

O assessor contábil explicou que em razão do não aumento da receita neste ano de 2018, não há possibilidade do pagamentos das verbas referente a férias e décimo terceiro de 11 vereadores em razão do limite prudencial imposta na lei de responsabilidade.

Para o vereador Jardel Anselmo, os vereadores comprometem “APENAS 54,25%” da receita da folha pessoal, sendo gasto 29,50%, com servidores efetivos e 16,25% com comissionados.

Em sua fala, o Vereador Jardel Anselmo afirmou que “o salário dos vereadores comprometem “APENAS 54,25%” da receita da Câmara” ou seja mais da metade do orçamento do poder legislativo é consumido para o pagamento do salário dos vereadores”. No entanto, o vereador considera esse percentual de gastos com os vereadores ainda pouco e pretende que seja feito cortes de salários dos cargos comissionados onde os gastos são de apenas 16% da receita, para assim aumentar seus próprios salários, fazendo valer aquela velha máxima: “FARINHA POUCA, MEU PIRÃO PRIMEIRO”.

Cada vereador recebe o montante de R$ 4.600,00 reais que é pago rigorosamente em dia, mas os excelentíssimos vereadores: Paulo Cezar, Jardel Anselmo, Maria do Livramento (Menta), Maria Lúcia Ferreira dos Santos (Lucinha) e Nélio de Araújo Oliveira (Nélio de Cornélio) ainda acham pouco e propõem cortes salarias para aumentar seus próprios salários.

Isso pode até ser legal, mas será justo? O presidente cederá a essa pressão? O que o povo e os funcionários públicos que estão com seus salários atrasados acham da atitude desses nobres vereadores que só legislam em causas próprias.

VEJA A ATA DA REUNIÃO: