Governo do RN rejeita contraproposta do Sinte-RN; professores decidem amanhã se continuam em greve

O Governo do Rio Grande do Norte informou nesta terça-feira (11) que a contraproposta para reajuste salarial apresentada por professores grevistas foi rejeitada pela gestão estadual. A categoria, que está em greve desde 7 de março, cobra reajuste salarial de 14,95%.

Em assembleia no último dia 4 de abril, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN) propôs ao governo que o pagamento seja feito em no máximo três parcelas até setembro. Além disso, a categoria exige que o retroativo a janeiro seja pago ainda dentro de 2023. Uma nova assembleia será realizada nesta quarta-feira (12).

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (Seec) disse que permanece com a posição anterior à contraproposta do Sinte-RN. “Apresentamos a proposta que é possível”, destacou a pasta. A última proposta do governo foi apresentada em 28 de março.

O governo propõe pagar o reajuste de maneira fracionada ao longo de 2023. A primeira parcela, de 7,21%, seria paga em maio; depois 3,61% em novembro; e 3,49% em dezembro. O aumento integral só seria pago em abril para quem ganha abaixo do novo piso (R$ 4.420,55), de modo que o reajuste equipare o salário a este valor, para que ninguém receba menos que isso.

Quanto ao retroativo, a proposta segue sendo pagar em oito parcelas ao longo de 2024.

No último dia 4, em entrevista ao canal Saiba Mais, no YouTube, a secretária de Educação, Socorro Batista, fez um apelo para que os professores grevistas voltassem ao trabalho. Ela afirmou que a última proposta do governo – de pagamento do reajuste em três parcelas – é o máximo que pode ser oferecido aos professores.

“Essa última proposta faz parte de todo o esforço do governo. É preciso entender que educação não é só salário. Desejo nós temos, vontade nós temos. Mas o que a gente recebe do Fundeb já representa 82% da folha da educação. A gente fica com 17%, 18% para investimento e dependendo muito da fonte 100, do Tesouro Estadual. Temos inúmeros compromissos para honrar com a escola pública, para melhorar a escola pública do Rio Grande do Norte”, destacou Socorro Batista.

A secretária de Educação declarou que, se a reivindicação dos professores grevistas for atendida, as contas do Estado podem “estrangular”.

98 FM

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