Acusados de lavar dinheiro com abertura de igrejas no RN viram réus na Justiça

A Justiça potiguar aceitou uma denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) e transformou em réus sete integrantes de um grupo acusado de ter ligação com uma facção criminosa e lavar dinheiro através da abertura de igrejas.

O grupo é investigado na operação Plata, deflagrada do dia 14 de fevereiro deste ano, pelo Ministério Público.

A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas.

As investigações que culminaram na deflagração da operação Plata foram iniciadas em 2019, com o objetivo de apurar tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro.

Segundo o MP, o esquema era liderado por Valdeci Alves dos Santos, também conhecido por Colorido. Valdeci é originário da região do Seridó potiguar e é apontado como sendo o segundo maior chefe do PCC, facção criminosa que surgiu nos presídios paulistas e que tem atuação em todo o Brasil e em países vizinhos.

O esquema de lavagem de dinheiro, de acordo com as investigações do MPRN, já perdura por mais de duas décadas. Valdeci foi condenado pela Justiça paulista e atualmente está preso na Penitenciária Federal de Brasília.

No Rio Grande do Norte, Valdeci teria como braço-direito um irmão dele, Geraldo dos Santos Filho, também já condenado pela Justiça por tráfico de drogas. Pastor Júnior, como é conhecido, e a mulher dele abriram pelo menos sete igrejas evangélicas, como parte do esquema para ocultar a origem dos recursos.

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