Juventude do PT se posiciona contra aliança com MDB e PDT no RN e prevê possível ‘traição’ de Carlos Eduardo à esquerda

A Executiva Estadual da Juventude do PT no Rio Grande do Norte publicou uma resolução na noite desta segunda-feira (24) na qual critica a possibilidade de uma aliança com o MDB e o PDT nas eleições de 2022 no Estado.

No texto, a ala jovem do partido defende que Antenor Roberto (PCdoB) continue sendo o vice na chapa de Fátima Bezerra (PT) na disputa pela reeleição e que o PT apoie a recondução do senador Jean Paul Prates.

A nota se contrapõe à resolução da Executiva Estadual do partido, que na semana passada aprovou a manutenção de conversas para construção de alianças para o próximo pleito. O PT não descarta dar ao MDB a chance de escolher o próximo vice de Fátima e estuda apoiar Carlos Eduardo Alves (PDT) na disputa pelo Senado.Advertisementabout:blank

A Juventude do PT afirma que, segundo as pesquisas, um candidato a senador do PT com apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da governadora Fátima Bezerra teria fortes chances de ser eleito.

“Os números nos mostram não só o potencial eleitoral das nossas maiores lideranças, como revelam a força do petismo no estado, sendo o PT apontado como o partido que as pessoas mais confiam para representar seus interesses”, afirma o grupo.

Segundo o entendimento da resolução, apoiar Carlos Eduardo para senador pode ser o prenúncio de uma traição.

“Ao invés de criarmos condições para aprofundar as mudanças em curso no RN, estaríamos abrindo a possibilidade de abdicarmos de uma vaga no senado para, em quatro anos, termos um adversário à construção do projeto democrático-popular no RN”, destaca a Juventude.

No caso da disputa pela vice de Fátima, a nota enfatiza que, se o MDB indicar o companheiro de chapa da governadora, o PT estará abrindo caminho para volta das “oligarquias”.

“Dessa forma, deixaremos bem claro como pegamos o governo do Rio Grande do Norte e os responsáveis por isso, mostrando que a alternativa para o RN se encontra num bloco político que lutou contra o golpe de 2016 e as políticas neoliberais e neofascistas implementadas desde lá. Escolher outro caminho seria não apenas desconsiderar a liderança e força de Fátima e Lula no RN, como, também, ressuscitar as oligarquias derrotadas por nós em 2018”, coloca a legenda.

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