O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi hostilizado durante uma reunião do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, após costurar um acordo com o governo Lula em apoio à reforma tributária.
O herdeiro político de Bolsonaro após a inelegibilidade defendeu a proposta durante o encontro, mas foi interrompido diversas vezes pelo deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, causando a intervenção do presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.
Tarcísio defendeu uma reforma de Estado, e não de governo, mas suas palavras foram alvo de críticas por parte de Luiz Philippe de Orleans e Bragança. A intervenção do presidente do partido foi necessária para restabelecer a ordem no encontro.
A postura do governador irritou Bolsonaro, que, durante a reunião, afirmou que Tarcísio não possui experiência política, expondo seu descontentamento com seu afilhado político.
O governador de São Paulo, após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu manifestar apoio ao texto da reforma, mesmo com Bolsonaro sendo uma das principais vozes contrárias. Bolsonaro tem buscado transformar o embate em torno da reforma tributária em uma nova guerra entre oposição e governo.
Durante a reunião Tarcísio afirmou que: “A gente tem falado que a espinha dorsal da reforma – a tributação sobre base ampla, o princípio do destino, que é fundamental, a transição federativa – sempre teve a concordância de São Paulo. O que a gente sempre ponderou foram questões pontuais, ou seja, a gente concorda com 95% da reforma”.
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