Pesquisadores brasileiros desenvolvem vacina contra crack e cocaína

SP – DROGAS/CRACOLÂNDIA/TRÁFICO/CORREÇÃO – GERAL – Na quarta-feira, a reportagem entrou em uma minicracolândia da Avenida Carlos Reinaldo Mendes. Quem passa de carro ou a pé pela avenida, principal acesso ao Centro Administrativo de Sorocaba, onde funcionam a prefeitura, a Câmara, o Fórum e a Justiça do Trabalho, nem imagina a situação em que estão mergulhadas, dentro de um galpão abandonado, de 12 a 20 pessoas, que dedicam as vidas à busca da pedra. O crack não para de avançar por São Paulo. Dos 645 municípios do Estado, pelo menos 558, incluindo a capital, enfrentam problemas relacionados à droga, conforme mapeamento do Observatório do Crack, da Confederação Nacional de Municípios (CNM). 24/05/2017 – Foto: EPITÁCIO PESSOA/ESTADÃO CONTEÚDO

Produzido por pesquisadores da UFMG, imunizante impede que a droga chegue ao cérebro dos pacientes e protege fetos de dependentes grávidas

Em estudos desde 2015, o medicamento, chamado de Calixcoca, já passou por testes pré-clínicos com ratos, nos quais foi observada a produção de anticorpos anticocaína no organismo dos animais. Agora, os pesquisadores estão em busca de recursos para iniciar estudos em humanos.

Segundo explica Frederico Garcia, pesquisador responsável pelo desenvolvimento da vacina anticocaína e professor do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da UFMG, o imunizante também mostrou eficácia na proteção de grávidas, reduzindo os abortos espontâneos, gerando o ganho de peso nos fetos, além de protegê-los da dependência adquirida pela mãe.