

Em despacho publicado na manhã desta terça-feira (18), Moro responde aos embargos de declaração da defesa de Lula. Entre alguns pontos, os defensores pedem explicações sobre o que embasou a condenação. “A corrupção perfectibilizou-se com o abatimento do preço do apartamento e do custo de reformas da conta geral de propinas, não sendo necessário para tanto a transferência da titularidade formal do imóvel”, avaliou o juiz. Lula, segundo o magistrado, teria se beneficiado de mais de R$ 2,2 milhões de um esquema de corrupção envolvendo contratos entre a empreiteira OAS e a Petrobras.
Moro chegou a comparar o caso de Lula com o do deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também condenado por crimes investigados na Lava Jato. “Ele [Cunha] também afirmava como álibi que não era o titular das contas no exterior que haviam recebido depósitos de vantagem indevida, mas somente ‘usufrutuário em vida’. Em casos de lavagem, o que importa é a realidade dos fatos segundo as provas e não a mera aparência”.